Todo ano, no dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher e entra ano, sai ano, é a mesma ladainha. Tudo melhorou, mas há um longo caminho pela frente. Este ano não será diferente.
E na ciência tampouco. Quando se examina a premiação de mulheres versus homens as diferenças são enormes. A Wikipedia informa o número de cientistas que ganharam o prêmio Nobel (List of female Nobel laureates), soma 894 homens, 64 mulheres e 27 organizações, ao longo dos 122 anos de existência do Prêmio (1901-2023).
Os números falam por si. A maior porcentagem é na categoria do Prêmio Nobel da Paz que é de apenas 16% dos premiados sendo mulheres. No caso dos prestigiados Prêmios de Matemática (Fields Medal e os prêmios Abel, Shaw, Wolf, Crafoord e Breakthrough), em 90 anos de existência, apenas 5 mulheres receberam, 7 dos 217 prêmios concedidos, todas na última década (Nature, doi 10.1038/d41586-024-00501-1). O artigo informa também que entre 25 e 30% dos doutores em Matemática nos E.U.A., mas apenas 10% dos autores em artigos nas revistas mais prestigiadas, são mulheres.
E, se por acaso não tiverem visto, procurem assistir ao filme: Picture a Scientist, um documentário extraordinário que retrata detalhadamente as múltiplas barreiras, explícitas ou não, que nós, mulheres, encontramos ao longo da vida acadêmica. Disponível via Apple TV (https://tv.apple.com/us/movie/picture-a-scientist/umc.cmc.29y1q0837qyb2ifb0kstju2vw) e talvez disponível via a sua instituição (https://video.alexanderstreet.com/watch/picture-a-scientist). Vale a pena ver ou ver de novo!
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