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Abaixo a fraude na ciência!

Anna Goldberg


Você sabe as diferenças entre uma revista clonada, uma revista predatória, paper mills? Conhece toda a sorte de possibilidades de cometer fraude? Sabe que plágio é um tipo de fraude? E que conduta irresponsável pode vir a ser classificada como falsificação pura e simples?


Já existe uma organização (Forensic Scientometrics (FoSci) Paris Declaration (zenodo.org) que congrega muitos detetives (sleuths) de fraude científica que está revisando milhares de artigos e marcando os que devem ser revistos. E há um fundo que custeia os denunciantes quando eles são processados, uma proteção importante dada a quantidade de fraudes descobertas.


Na sessão do Freakonomics Radio do dia 2 de janeiro de 2025, o assunto foi fraude na ciência (Can Academic Fraud Be Stopped? (Update) - Freakonomics). Ao longo de uma hora todos os aspectos do que consideramos fraude científica foram abordados com opiniões e entrevistas aos especialistas no assunto como Ivan Oransky do Retraction Watch, Joe Simmons do Data Colada e Brian Nosek do Center for Open Science (COS). Vale a pena ouvir. Procurem a Radio no Spotify e pronto, vocês acharão este podcast e mais muitos outros bem interessantes.


Em tempo, Data colada é uma plataforma voltada para erros e fraudes em estatística e análise de dados e tem muitos exemplos para ler e entender onde os estudos falham. Os casos 117 e 118 são bons exemplos, lembrando que muitas revistas têm agora estaticistas que analisam as submissões rejeitando aquelas onde há falhas no desenho do experimento e na análise estatística e, também, detectando manipulação dos dados.

Já o COS é uma organização voltada para achar soluções de transparência e confiabilidade dos dados.

Uma das soluções apontadas, e já adotada por 300 revistas diferentes (um começo!) é o pré-registro do estudo, um sistema muito bacana em que o pesquisador registra a pergunta, o desenho experimental e a hipótese, que são submetidos ao escrutínio da equipe editorial da revista. Se houver aprovação, há a garantia de publicação independentemente do resultado. E, nós sabemos que a vida do pesquisador está recheada de respostas negativas, pouco impactantes ou até improváveis. Não é legal isso? Um estudo mostrou ainda que, nos estudos pré-registrados, em torno da metade das hipóteses é modificada ao longo do estudo, ao passo que, nos artigos publicados, a hipótese é confirmada em 95%. O próprio Nosek faz uma piada. Se estão todos certos para começo de conversa, então para que fazer o experimento?

Estejam abertos a críticas e debates. Ajuda a evitar erros e melhora a qualidade da sua pesquisa!


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