Cuidando bem dos seus leitores daltônicos
Por ter uma família com vários daltônicos, uma matéria publicada no dia 4 de outubro na Nature, por Alla Katsnelson, na página de notas técnicas (https://doi.org/10.1038/d41586-021-02696-z), me chamou a atenção.
A autora relata que estudo por Jambor, H. et al. publicado na PLoS Biol. 19, e3001161 (2021) conclui que, para citar um exemplo, metade dos artigos de biologia celular analisados continham imagens parcial ou totalmente inacessíveis para portadores de daltonismo (em suas variadas formas)!
A nota técnica ressalta ainda que já existem ferramentas disponíveis que podem ser usadas na hora de montar suas tabelas, gráficos e imagens para garantir a visibilidade por todos os leitores interessados no seu estudo. Dá ainda dicas valiosas para os pesquisadores na hora de produzir sua comunicação científica, seja ela em texto, aulas e mesmo vídeos. Vejam a seguir:
· Não use arco-íris, e sim, cores cheias e uniformes do tipo viridis ou cividis,
· Não use vermelho, muito menos junto com o verde,
· Teste suas figuras em escala de cinza para verificar a visibilidade e clareza,
· Escolha cores de acordo com uma paleta universal (Ex:https://nanx.me/oneclust/reference/cud.html )
· Procure usar formatos e texturas para remover as ambiguidades
· Teste sua produção em simuladores (por exemplo: Coblis , https://www.color-blindness.com/ ).
Você sabia que 1 em cada 12 homens europeus são daltônicos? E que se os 3 revisores do seu artigo forem homens, é muito possível que um seja daltônico. Eles vão agradecer!
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