Lembram do SOPs4RI? Resolvi escrever mais uma vez sobre essa importante iniciativa, que resultou de um intenso trabalho feito com especialistas de 11 países da comunidade europeia (veja a publicação, rica em detalhes e recomendações, em (https://doi.org/10.1007/s11948-023-00444-2). Esse estudo registrado (https://osf.io/zej5b) é interessante também porque mostra como conduzir um trabalho de excelência na área de integridade científica. Emprega revisões sistemáticas, entrevistas exploratórias, grupos de trabalho com focos especiais, discussões, questionários e mais. O resultado deste e de outros estudos resultou nessa ferramenta gratuita e facilmente acessível (https://sops4ri.eu/) e muito bem-organizada para ser usada por todos, sejam pesquisadores, educadores e instituições. Vale a pena visitar ou revisitar.
E porque insisto no SOPs4RI? O relatório elaborado durante a reunião de editores científicos (SSP 2024) - Safeguarding Research: A Deep Dive into Research Integrity Concerns & Solutions ilustra bem o quanto falta ainda para instituições progredirem na governança e na aquisição das ferramentas de integridade científica. No questionário distribuído pela CACTUS Global disponível em (https://cactusglobal.com/story/cactus-communications-unveils-its-latest-whitepaper-on-maintaining-research-integrity-in-the-age-of-ai/) entre os presentes, a opinião predominante é da necessidade de se usar ferramentas de detecção de artigos fraudulentos ou com suspeitas de falta de integridade no desenvolvimento do estudo e na análise dos resultados, antes da revisão por pares ou já na submissão do manuscrito!
Os custos e o aperfeiçoamento das ferramentas são as maiores preocupações. No entanto, a importância desses processos é considerada prioritária pela maioria e o uso de inteligência artificial é necessário e bem-vindo. A empresa apresenta a sua proposta para essa empreitada: Paperpal Preflight for Editorial Desk (PPE), uma proposta de inteligência híbrida, ou seja, usando a inteligência artificial entremeada pelo know-how humano e, também, há uma tabela comparando as ferramentas já existentes no mercado. Bem interessante!
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