Governança na pesquisa e na publicação científica
- Anna Goldberg
- 12 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

Lembram do SOPs4RI? Resolvi escrever mais uma vez sobre essa importante iniciativa, que resultou de um intenso trabalho feito com especialistas de 11 países da comunidade europeia (veja a publicação, rica em detalhes e recomendações, em (https://doi.org/10.1007/s11948-023-00444-2). Esse estudo registrado (https://osf.io/zej5b) é interessante também porque mostra como conduzir um trabalho de excelência na área de integridade científica. Emprega revisões sistemáticas, entrevistas exploratórias, grupos de trabalho com focos especiais, discussões, questionários e mais. O resultado deste e de outros estudos resultou nessa ferramenta gratuita e facilmente acessível (https://sops4ri.eu/) e muito bem-organizada para ser usada por todos, sejam pesquisadores, educadores e instituições. Vale a pena visitar ou revisitar.
E porque insisto no SOPs4RI? O relatório elaborado durante a reunião de editores científicos (SSP 2024) - Safeguarding Research: A Deep Dive into Research Integrity Concerns & Solutions ilustra bem o quanto falta ainda para instituições progredirem na governança e na aquisição das ferramentas de integridade científica. No questionário distribuído pela CACTUS Global disponível em (https://cactusglobal.com/story/cactus-communications-unveils-its-latest-whitepaper-on-maintaining-research-integrity-in-the-age-of-ai/) entre os presentes, a opinião predominante é da necessidade de se usar ferramentas de detecção de artigos fraudulentos ou com suspeitas de falta de integridade no desenvolvimento do estudo e na análise dos resultados, antes da revisão por pares ou já na submissão do manuscrito!
Os custos e o aperfeiçoamento das ferramentas são as maiores preocupações. No entanto, a importância desses processos é considerada prioritária pela maioria e o uso de inteligência artificial é necessário e bem-vindo. A empresa apresenta a sua proposta para essa empreitada: Paperpal Preflight for Editorial Desk (PPE), uma proposta de inteligência híbrida, ou seja, usando a inteligência artificial entremeada pelo know-how humano e, também, há uma tabela comparando as ferramentas já existentes no mercado. Bem interessante!
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