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Noticias de junho

  • Anna Goldberg
  • 24 de jun.
  • 2 min de leitura

Na enxurrada de notícias sobre malfeitos por pesquisadores e as iniciativas das instituições para debelar a crise, escolhi algumas que me chamaram a atenção pela qualidade da informação ou da opinião dos autores. Lá vai


Omar abre o jogo

Artigo na revista Nature, na seção Carreiras (Christine Ro & Jack Leeming: Authorship for sale: Nature investigates how paper mills work, edição de 9 de junho de 2025), desvenda os caminhos da venda escancarada de autorias através das mídias sociais, as tortuosas formas através das quais as companhias se estabelecem e prosperam, ganhando milhões de dólares ao perpetrar as fraudes. Também há depoimentos pessoais de pesquisadores que pagam para ter seus nomes incluídos nesses artigos e suas motivações para terem tomado essa decisão. Omar é um dos depoentes.



A difícil ética do divulgador científico

Recomendo ler matéria da revista FAPESP (https://revistapesquisa.fapesp.br/divulgadores-cientificos- na-internet-discutem-limites-para-fazer-campanhas-de-publicidade/ ) onde divulgadores científicos, com dezenas e centenas de milhares de seguidores, debatem os limites éticos da monetização e contratação para publicidade de seus canais de comunicação nas mídias sociais. Um assunto importante, mas que, hoje ainda fica a cargo da consciência de cada um. Os depoimentos contam experiências pessoais que ilustram muito bem como pode ser difícil decidir aceitar ou não o que é oferecido em termos de trabalho de publicidade, muitas vezes com um ganho financeiro tentador. Ao final, a manutenção da reputação e da credibilidade pessoal deve vencer!



For Better Science

Mais uma página pessoal e intransferível: Leonid Schneider, biologista molecular, transformado em divulgador científico, mantém uma página voltada para desmascarar fraudadores. Na sua última e longa tirada discorre sobre instituições centenárias inglesas (https://forbetterscience.com/2023/07/25/queen-mary-and-john-vanes-cowboys/) como a QMUL (Queen Mary University London). Difícil leitura, muitos pesquisadores “envolvidos”, deixa em dúvida se é tudo verídico ou se a resposta da instituição, postada na revista Science, deve ser levada em conta (https://www.science.org/content/article/university-found-no-misconduct-anti-inflammatory-research-critics-unconvinced ). Nesse artigo, há uma série de figuras com indícios de terem sido modificadas, copiadas, repetidas em contextos diferentes. Um bom exercício para os futuros detetives da metaciência forense. A conferir.



Uma nova métrica: RI2


Indice de Risco para a Integridade (Research Integrity Risk Index ou RI2) (RI2 | Lokman I. Meho (aub.edu.lb)) é uma métrica que avalia as instituições (não os pesquisadores) sem levar em conta citações e fatores de impacto, mas baseada na taxa de artigos retratados e a proporção de artigos publicados em revistas que foram retiradas da lista da Web of Science ou Scopus por suspeição de más práticas. Elaborada por Lokman I. Meho, do Depto. de Medicina Interna da Universidade de Beirute, - Gaming the Metrics? Bibliometric Anomalies and the Integrity Crisis in Global Research. arXiv:2505.06448 (2025) – oferece uma visão do nível de vulnerabilidade das instituições pelo mundo afora.


A primeira brasileira aparece na posição 115 do ranking, ainda na faixa vermelha de alto risco. As próximas, nas posições 151 e outras 5 se encontram na faixa de risco médio (que exige atenção) e o restante na faixa verde (sem risco aparente). Vale a pena conferir!

 
 
 

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