Em matéria publicada recentemente (https://www.theverge.com/2021/3/9/22319225/google-translate-medical-instructions-unreliable), Nicole Wetsman discute a questão do que o futuro nos oferece em relação ao uso das diferentes línguas na comunicação médica. Existe um processo de melhoria contínua que vêm ocorrendo desde o início em abril de 2006 do tradutor “Google” e, de fato, já há uma percepção de que usá-lo o é prático e eficiente. Esse uso de tradutores, aqui no Brasil, onde parte dos alunos de graduação tem pouco ou nenhum conhecimento da língua inglesa, é crescente. O que leva à pergunta do título dessa matéria.
Infelizmente, a falta de familiaridade com a língua franca da ciência acarreta consequências importantes. Na área das ciências da saúde, além de traduções incompletas e muitas vezes erradas, como é apontado na matéria citada acima, a leitura dos artigos científicos e de divulgação sofre impacto importante. Ao longo da minha carreira acadêmica, inúmeras vezes deparei com interpretações errôneas dos textos lidos pelos alunos. Por isso, cuidado! Leiam os artigos em grupo, façam apresentações em reuniões, invistam no seu conhecimento do inglês. Quando você aplicar para bolsas no exterior, será um bônus a mais. Mesmo no futuro, quando a inteligência artificial fará traduções excelentes, a comunicação com colegas, professores e mentores continuará a ser a pedra fundamental da boa formação e de uma carreira de sucesso na ciência.
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