I don´t usually declare myself publicly about political issues. As in Science, in life I have always respected and accepted divergent opinions. I like to discuss ideas and try to win my “opponents” using good arguments and reason. However, extreme acts demand we position ourselves loud and clear. What we saw, yesterday, January 8, in Brasilia, is profoundly shameful for perpetrators and for those giving support to this insanity. By extension, a great shame for our Brazilian nation. If we want to take part in the modern world, we still have much to learn. To stay in our corner of science, I comment on some examples that show with all clarity that knowledge and science cannot be changed by decree, using fake news or magical thinking as a political instrument.
Somber examples throughout the history of Science evidence how violence against and suppression of ideas and facts lead to destruction of whole societies e, sometimes, even the death of thousands of people. To cite a few, persecution by the church of Galileo Galilei, in the XVIth century, the episode of Trofim Lysenko (https://pt.wikipedia.org/wiki/Trofim_Lysenko) who, endorsed by the Russian dictator Josef Stalin, resulted in many years in obscurantism, the death of dissenters and destruction of thousands of careers of scientists, which dared defy the prevailing ideas, right up to the current Covid-19 vaccination denialists. In all religions, there are also countless examples of crimes perpetrated against individual liberties in their name.
In the aftermath of these so shameful and sad events occurring in our beloved homeland (as in our national hymn! I use these terms on purpose), I can only wish that our society will finally understand that the political misuse of religion and science must be left out of our daily routines in life. And as for the events on January 8, two short words: Never more!
A vergonha é nossa!
Não costumo me posicionar publicamente no quesito da política. Assim como na ciência, na vida também sempre respeitei e aceitei as opiniões divergentes. Gosto de debater as ideias e tento vencer os meus “opositores” pela argumentação e pela razão. Atos extremos, no entanto, exigem que nos posicionemos alto e claro. O que assistimos ontem, dia 8 de janeiro, em Brasília, é uma grande vergonha para os apoiadores e perpetradores desta insanidade, e, por extensão, uma grande vergonha para a nação brasileira. Se queremos fazer parte do mundo moderno, então temos ainda muito que aprender. Para ficar aqui no quadrado da ciência, cito exemplos que mostram com toda clareza, que não se pode mudar o conhecimento e a ciência por decreto, usando “fake news” ou invocando o pensamento mágico como instrumento político.
A história está cheia de exemplos, na própria ciência, de como a violência contra e a subjugação de ideias e fatos levam à destruição de sociedades inteiras e, por vezes, à morte de milhares de pessoas. A história da ciência tem exemplos sombrios que variam desde a perseguição pela igreja de Galileu Galilei no século XVI, passando pelo episódio Trofim Lysenko (https://pt.wikipedia.org/wiki/Trofim_Lysenko) que resultou num obscurantismo que durou muitos anos e resultou na morte de dissidentes, destruição da carreira de milhares de cientistas que ousaram se contrapor às ideias equivocadas, mas avalizadas pelo ditador russo Josef Stalin, aos dias de hoje com o negacionismo da vacinação contra a Covid-19. Em todas as religiões há também incontáveis exemplos de crimes perpetrados contra as liberdades individuais.
Por esses acontecimentos tão vergonhosos e tristes para a nossa amada pátria (como no hino nacional! uso esses termos aqui de propósito), só me resta desejar que a sociedade finalmente compreenda que o uso político indevido da religião e da ciência devem deixar de fazer parte das nossas rotinas diárias da vida. E referente aos eventos de 8 de janeiro, duas palavrinhas: Nunca mais!
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