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  • Anna Goldberg

Uma breve linha do tempo da integridade científica ao redor do mundo


O país pioneiro na implantação da integridade científica foi, sem dúvida os EUA, tendo estabelecido uma versão inicial em 1989, que se transformou em 1992 no primeiro Escritório de Integridade Científica, em nível nacional. O ORI ou Office of Research Integrity reconhece hoje mais de 4000 instituições afiliadas, tem poderes punitivos, atende em torno de 400 demandas por ano, abre para maiores investigações em torno de 40 casos e torna públicos, com punições, de 10 a 15 casos de má-conduta a cada ano.


Não menos importante, o ORI estabeleceu diretrizes e marcos importantes a serem seguidos por países interessados. E, de fato, em 2015 já havia 22 países, dentre os principais financiadores de P&D, com comitês ou escritórios de integridade científica em atividade. Em 2015, Japão, e em 2017, França e Taiwan, inauguraram seus escritórios com toda a pompa possível.


Neste contexto, a Europa é um exemplo muito interessante do que é possível construir quando se trabalha em parceria. A ALLEA – All European Academies - congrega, hoje, 40 paises (50 academias), desde os países bálticos e a Albania até a pequena Montenegro, incluindo todos os países escandinavos e os da Europa central.


Tem como missão, facilitar a colaboração entre as diversas academias científicas regionais e nacionais, fomentar a excelência e os padrões éticos na condução da pesquisa e promover a autonomia da ciência e pesquisa de modo geral.


Dessa forma, tem poder não só de atuar na elaboração de políticas ao lado das diversas instâncias que governam a integridade científica, mas também de participar ativamente na discussão dos problemas estruturais da pesquisa em todo continente europeu.


Participa da SAPEA (Science Advice for Policy by European Academies) que congrega mais de 100 academias europeias para prover aconselhamento interdisciplinar, independente e baseado em evidências de apoio à Comissão Europeia e ao público!


Por fim, a partir de contatos estabelecidos na conferência mundial de Integridade Científica, ocorrida no Rio de Janeiro em 2015, em 2017 foi formada a rede africana de integridade científica, a ARIN, que vai sediar o próximo congresso mundial agora em maio de 2022.


Só nos resta parabenizá-los e nos perguntar o que estamos fazendo a respeito de uma integridade científica mais atuante e funcional em nosso país. E lanço aqui o desafio a você, meu caro leitor, repensar a sua convivência no dia a dia com a integridade científica!


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