Vamos para trás ou vamos para frente?
- Anna Goldberg
- 31 de mar.
- 2 min de leitura

Nas semanas que se seguem ao início do novo governo americano, com suas medidas tão destrutivas contra as mudanças climáticas, contra a diversidade e inclusão de pessoas e minorias e contra a ciência de modo geral, tive um grande alento ao assistir no dia 27 de março uma reunião organizada pelo My Green Lab. Já contei anteriormente para vocês sobre essa organização que me entusiasma sempre mais e mais (https://www.mygreenlab.org).
No My Green Lab Europe Summit 2025, foram apresentados os significativos passos já tomados por grandes indústrias farmacêuticas, empresas de biotecnológia, representantes e outros, no caminho da sustentabilidade ambiental, o E do ESG. Mostraram seus resultados diversas empresas baseadas na Europa que estão atendendo à nova legislação da comunidade europeia: Novartis, Thomas Fisher, Avantor (que comprou a VWR), Cytiva, Grupo PHC e até a indústria de móveis de laboratório Waldner! Trabalhos cuidadosos e detalhados com resultados práticos que provam que o caminho é possível e financeiramente compensador. Um exemplo é a Green Elephant Biotech, empresa alemã que desenvolveu uma placa de 96 poços à base de PLA (Polilactone acid) ao invés de poliestireno, que tem vantagens no seu uso, é feito a partir de resíduo da industrialização de óleo de milho e não a partir da derivados do petróleo, é livre de produtos animais, é produzido em impressoras 3D e é reciclável.
O representante da Thomas Fisher discorreu sobre como a empresa está lidando com os seus fornecedores para poder alcançar a certificação verde ela própria. Um encadeamento positivo para todos os envolvidos na cadeia de suprimentos. Já a Cytiva especializada em produtos usados em terapêutica, de anticorpos monoclonais e vetores virais a manufatura de células CAR-T, aponta para a próxima etapa que será a da certificação de sustentabilidade e diminuição da pegada de carbono da pesquisa clínica. Meu voto é andar para frente, pois vejo que o futuro para a ciência e certamente, para os nossos filhos e netos só é possível se trabalharmos com afinco para diminuir todas as pegadas de carbono uma a uma e alcançar as metas estipuladas para 2050 de emissão zero de gases do efeito estufa! Bora lá!
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