Lá vamos nós com mais um caso de brasileiros se comportando mal nas suas atividades de pesquisa. Desta vez trata-se de professor da Universidade da Amazonia Paulo Gentil (literalmente bombando nas redes...) e seu aluno de doutorado Mateus Barbalho, que trabalham e publicam na área de Educação Física, com ênfase em condicionamento físico, especialmente no caso de mulheres. Na base do Retraction Watch constam 3 retratações para o aluno e 2 adicionais para o professor, mas um grupo de detetives de integridade científica publicou um comentário detalhando os problemas não só com os 3 artigos retratados, mas com um total de 7 artigos (https://www.strongerbyscience.com/barbalho/amp/?__twitter_impression=true&s=09).
Transcrevo aqui a frase que resume as questões, tal qual explicitado em matéria do Retraction Watch: [W]e’re not trying to levy any accusations. The data simply are atypical, improbable, and to put it bluntly, pretty weird. And if they’re weird for totally explainable and innocent reasons, we’re open to hearing those reasons. We just haven’t been presented with an adequate explanation yet.
Em resumo, a frase chave diz que o conjunto de dados é totalmente improvável e francamente bem esquisito. E no feed do Reddit, os comentários são unânimes: Nada se salva!!
Está mais do que na hora do Brasil melhorar as suas práticas e condutas responsáveis na pesquisa. Esse caso é emblemático, pois não houve checagem dos dados fornecidos para análise, não houve análise detalhada dos dados e das análises pelos demais autores, incluindo colaboradores internacionais e, após a primeira retratação, houve mais publicações que seguem sob suspeição. E pior, um rápido passeio pelo Google nos mostra que as informações veiculadas nesses artigos tem o maior sucesso na mídia, pois tratam de assuntos de grande interesse das mulheres interessadas nos esportes e na atividade física!
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