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  • Anna Goldberg

Wrap-up 2022


Final de ano chegando, como sempre, revisito o ano que passou, revejo tudo que fiz e o que aprendi de novo para aplicar no ano que vai começar. Estudar e se atualizar, assim como na carreira acadêmica, é essencial no desempenho de uma consultoria. Dou exemplos. Fiz um curso de filosofia no Coursera (Think Again I,II,III), que amei. Frequentei dois congressos de integridade científica, um na Finlândia (ENRIO, de modo remoto) e outro na África do Sul (WCRI, de forma presencial). As noticias e minhas percepções sobre as palestras que assisti e os workshops que participei no congresso internacional de integridade científica (www.wcri.org ) estão disponíveis em podcasts e vídeos.


Quando iniciei esse novo trabalho escolhi a minha missão, pensando qual a mensagem que gostaria de passar para as próximas gerações e defini que disseminar o meu legado de integridade e excelência na pesquisa, adquirido ao longo da minha carreira, era uma missão de valor. Assim, durante este ano criei mais textos e vídeos informativos e, espero, úteis para todos que queiram aperfeiçoar o seu aprendizado, a sua carreira, o seu trabalho e o seu modo de fazer ciência.


Nada disso teria sido possível sem a inestimável ajuda da Adriana Baumgarten e da Andreza Calil da 2xA marketing digital, que me guiaram através dos escaninhos das mídias sociais. Assim, todo esse material está disponível em www.fagoldberg.com.br para quem quiser ver ou rever os conteúdos. Lá poderão encontrar os links para matérias no linkedin, instagram, spotify e youtube. Ao todo, produzi com o maior cuidado, atenção aos detalhes e referências, dezenas de conteúdos ao longo do ano. O acesso é inteiramente aberto e gratuito. Espero apenas, que ao usar o material, citem de onde veio e quem escreveu. Afinal, mesmo não se tratando de literatura estritamente científica, são textos e documentos que eu escrevi ou gravei. Peço que deem origem para não configurar plágio de textos e ideias.

Recebi também várias encomendas de trabalhos muito interessantes e desafiadores, em temas tão diversos como avaliação por pares, implantação de um centro de pesquisa clínica e biossegurança e segurança cibernética. Sobre esses temas também há vídeos e textos para quem quiser se inteirar mais a respeito.


O que une todas essas atividades e serviços é a questão central de como trabalhar e se comunicar com qualidade para se fazer presente para a nossa plateia. Pensando nisso, um dos projetos previstos para 2023 será a tradução, para o português, de documentos relevantes para as Boas Práticas e a Integridade Científica. A quase totalidade dos textos, regulamentos e informes nesta área estão em inglês, deixando uma parcela significativa dos alunos de graduação e mesmo de pós-graduação, sem a oportunidade de se inteirar desses conteúdos importantes para o seu desempenho profissional, seja na academia, na indústria ou nas empresas de prestação de serviços especializados. Nos textos intitulados Oportunidades de carreira, disponíveis no site, há uma série de exemplos de trabalhos que exigem esses conhecimentos.


Nessa empreitada contarei com um novo parceiro, Edilson Damasio, da Universidade Estadual de Maringá.

E o que mais está no radar 2023? Um tema cada vez mais importante na esteira das preocupações globais com as mudanças climáticas e a necessidade de adequar todas as atividades humanas às exigências de diminuir a pegada de carbono global é, sem dúvida, a questão da sustentabilidade na pesquisa científica. Conto aqui sobre o evento de reconhecimento ocorrido em 25 de agosto, no Hospital Albert Einstein, do qual participei, junto com centenas de pessoas que partilharam dessa jornada. Estive ao lado do meu ex-chefe e parceiro de muitos anos Luiz Vicente Rizzo, da minha mais recente e tão estimada amiga Clarice Haidamous, arquiteta encarregada desta construção, e minha colega, amiga de todas as horas Natalia Torres. Foram inúmeras horas de dedicação, planejamento e soluções inovadoras que culminaram na criação de um Centro de Pesquisa Experimental moderno, eficiente e sustentável, capaz de fazer frente às rápidas mudanças no horizonte da ciência biomédica. ao lado de todas as instalações necessárias a um desempenho da pesquisa como um todo. De outro lado, a Faculdade de Ciências da Saúde (FICSAE), se transforma num marco do moderno ensino de Medicina, Enfermagem e outras carreiras correlatas.



Este magnifico novo edifício do Inst. Ensino e Pesquisa da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein foi planejado e construído para ser um ícone de sustentabilidade, o que vem de encontro com as preocupações do mundo, das quais estou falando.


Um artigo publicado agora, ao final do deste ano na revista The Scientist, discute em maior detalhe esse assunto, sob o título: Green Lab Initiatives Take Root Around the World. Cita My Green Lab que é uma empresa sem fins lucrativos que busca ajudar os pesquisadores a melhorar a sustentabilidade em seus laboratórios, oferecendo cursos e consultoria.


E Julie Sesen, pesquisadora do Boston Children's Hospital, da Universidade Harvard fundou o BCH Greenlabs para ajudar grupos de pesquisa a diminuir a sua pegada de carbono. Há várias estimativas que apontam para um consumo de energia muito alto, especialmente em laboratórios de pesquisa biomédica. Um fluxo laminar ou um congelador de ultrabaixa temperatura podem apresentar um consumo equivalente ao de uma residência! Sabiam disso?








My Green Lab já tem, em seu portfolio, parcerias com mais de 1000 laboratórios em 36 paises e oferece a possibilidade de uma certificação voluntária após a revisão de uso de energia e equipamento, gestão de resíduos, entre outros. Por exemplo, existe a recomendação de manter os congeladores a -70 o C ou invés de -80 o C. Isso reduz o consumo de energia em 30%. E há várias outras iniciativas nos EUA, no Canadá e no Reino Unido. A Universidade da California formou parceria com o My Green Lab para alcançar a neutralidade de carbono e todos os seus campi até 2025. E o NIH americano está discutindo como atrelar o investimento em sustentabilidade pelo pesquisador à possibilidade de financiamento. Em resumo, sustentabilidade já faz parte das boas práticas na pesquisa. Mais um item para nos aprofundarmos.


Quer saber mais? Vá para (https://www.the-scientist.com/careers/green-lab-initiatives-take-root-around-the-world-70676?utm_campaign=TS_DAILY_NEWSLETTER_2022&%E2%80%A6). Há iniciativas para diminuir a pegada de carbono nas editoras científicas (acesso aberto integral) e até na pesquisa clínica (Carbon footprint of clinical trials: a high-level literature review, por Rachel Billiones. Medical Writing 2022, 31(1):14-19. Há grupos no mundo inteiro trabalhando nisso e nas consequências para o ser humano. Por exemplo, no Brasil, o grupo de Amato-Lourenço do Programa Cidades Globais do Instituto de Estudos Avançados,USP em parcerias com a FMUSP e a Universidade de Leiden estuda os efeitos dos microplásticos, na categoria de poluidores aéreos sobre a saúde dos pulmões (doi: 10.1016/j.scitotenv.2020.141676).


Outro tema recorrente será o da inteligência artificial e os seus impactos na ciência, nas boas práticas, no ensino e na sustentabilidade. Em abril de 2023 terá lugar um evento na universidade de Leeds para debater temas ligados à Universidade Digital (https://www.timeshighered-events.com/digital-universities-uk-2023). E poderia continuar aqui dando mais e mais exemplos das muitas aplicações da inteligência artificial. Mas vou parar por aqui.


Em 2023, manterei, regularmente, as minhas postagens de blogs, vídeos e podcasts nos temas ligados à conduta responsável da pesquisa, dicas de boas práticas, fofocas de malfeitos e tudo que for pertinente, visando a excelência de cada um no seu desenvolvimento e carreira. Boas festas a todos e um 2023 verdadeiramente inovador e com grandes realizações.

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