Dia 3 do 7 WCRI

Hoje o dia foi um pouco mais curto pois iremos ao jantar de gala mais tarde, mas, ainda assim, muito significativo, com foco em questões mais humanitárias e suas interfaces com a integridade científica. A plenária da manhã foi organizada por mesas de trabalho para discutir o Cape Town Statement e identificar pontos de melhoria e esclarecimento para serem incorporados. Mesas do papel de agentes financiadores, editores, acesso aberto, e outros.

Há um grupo de trabalho encarregado de finalizar a declaração. Acho que teremos mais notícias amanhã. A tarde, um dos pontos altos foi o lançamento oficial da ARIN (Rede Africana de Integridade Científica) agora com países membros, representantes, documentação oficial, missão, visão e metas. Parabéns e sucesso!

Assistimos também a Nicolas Steneck Lecture, conferência magna dada em honra de um dos dois fundadores da organização mundial de integridade científica (WCRI). A convidada foi Profa. Thulisili Madonsela com o título instigante: What can Ubuntu contribute to Research Integrity in an unequal world? Thuli, como a chamam, tem um currículo extenso e impressionante.

Advogada da suprema corte da Africa do Sul, professora de direito na Universidade de Stellenbosch, onde desenvolve pesquisa em justiça social e ensina Direito Constitucional. Foi a Protetora Pública entre 2009 e 2016 e, entre outros feitos, introduziu comissões e legislação anticorrupção, e presidiu a revisão da constituição sul-africana, considerada uma das mais equitativas e justas do mundo. Foi nomeada uma das 100 mulheres mais influentes do mundo e tem recebido inúmeras honrarias e prêmios incluindo até a Legião de Honra francesa!

Uma pessoa de enorme empatia, desenvolveu o tema de ubuntu. Uma filosofia que na língua zulu significa: eu sou por causa do que nós somos. Uma filosofia centrada na noção de uma humanidade compartilhada por todos e da inviolabilidade da dignidade humana. Desenvolveu essas noções aplicadas à integridade científica num mundo desigual. Uma linda conferência.

Até o Gustavo Oliveira foi lembrado e ela contou que foi conversar com ele. Não sei se vocês sabem, mas este brasileiro, radicado na África do Sul, junto com a sua equipe foi que sequenciou a variante ômicron e comunicou ao mundo. Na semana passada foi incluído na lista das 100 pessoas mais influentes do ano. Inté...

Ouça também pelo podcast: https://open.spotify.com/episode/5z9WThFJiRoRNMMJseUzub?si=TT0FJfsQSKmp8S_D1eTHEA