Meus caros: Sentiram falta do podcast do último dia do congresso? Pois é, estava aproveitando para fazer um pouco de turismo na belíssima cidade do Cabo. Nos slides verão algumas tomadas da Table Mountain, casas coloridas, jardim botânico e da pinguineira em Simon’s Town (aquela da série do Netflix)! Agora estou tomando um chá de aeroporto em Londres porque não existem mais voos diretos da Africa do Sul para o Brasil, graças à pandemia e à quebra da South African Airways.
O último dia começou com a sessão plenária sobre os impactos da avaliação da pesquisa e do ranqueamento das universidades na integridade científica. Nankita Quaderi apresentou a dados e propostas da Clarivate e a sua visão de como as métricas são mal utilizadas, pois não foram feitas para avaliar o pesquisador individual e sim dar um feedback às instituições e um guia para bibliotecas. Deu vários exemplos de como o uso indevido gera distorções. Há uma publicação “Profiles, not metrics” disponível a todos, com todos os gráficos e pontos levantados por ela. Basta digitar no google.
Depois entrou online Phil Baty falando sobre o THE e os World University Rankings, as suas limitações e a busca da organização de encontrar um ranqueamento mais justo, incluindo agora, além de pesquisa e ensino, também infraestrutura, sustentabilidade e atividades de extensão (responsabilidade social) para cumprir a missão de auxiliar universidades na sua auto-avaliação e estudantes a encontrarem a sua universidade almejada.
Os números envolvidos são bem impressionantes! Por exemplo, nessa nova sistemática a universidade de Johannesburg se encontra na décima colocação global (no ranqueamento tradicional fica acima dos 500 primeiros colocados!). Arturo Molina, VP de Pesquisa e Transferência de Tecnologia da universidade Técnica de Monterrey contou como a sua instituição procurou se transformar (na verdade os passos descritos lembram em tudo o processo desenvolvido lá no IEP do HIAE, você sabia Luiz Vicente Rizzo?).
Em seguida, assisti a uma sessão sobre a redes de integridade científica e encontrei colegas do Peru e Colombia que integram a rede latino-americana de RI.
Conversamos bastante, jantamos junto no Waterfront e combinamos de incrementar esse networking para tentar incluir universidades e parceiros brasileiros. Também se apresentaram Kevin Behrens do Steve Biko Centre, Limbanazo Matandika da Univ. do Malawi, Sanna Kaisa Spoof da Finlandia, em nome da rede europeia (ENRIO) e Roxana Lescano do Peru.
A plenária da tarde, coordenada por Zoe Hammatt, uma especialista em Bioética membro do Board da WCRI, extremamente simpática, abordou temas relacionados à integridade de dados, com várias participações, entre outros , a do Olavo do Amaral da UFRJ, falando sobre a rede Brasileira de Reprodutibilidade e Gillian Currie que mostrou os excelentes resultados do projeto CAMARADES da universidade de Edinborough (https://www.ed.ac.uk/clinical-brain-sciences/research/camarades/about-camarades), uma iniciativa de reprodutibilidade e metanálises de estudos pré-clínicos. Por fim, uma organização independente (EQIPD Quality System) foi desenvolvida por Bjorn Gerlach (ver em GoEQPD no linkedin). Por fim, após mais algumas apresentações o encerramento do congresso e as despedidas. Até a próxima vez em local ainda a ser decidido!
Ouça também pelo Spotify: https://open.spotify.com/show/0NcLphMAQjQWF3ImDZhQyW?si=K4eUyF69Rz2wRkDLpcNkfQ
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