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Notícias (atrasadas!) de agosto

  • Anna Goldberg
  • 13 de ago.
  • 3 min de leitura
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  • Tive a satisfação de participar de um evento do Science Arena sobre diplomacia científica, crise climática e saúde global, que contou com a presença de representantes de diversas organizações voltadas para essas questões tão atuais: Marcelo Knobel da Academia de Ciências do Terceiro Mundo (TWAS), Jordan Ridgeway do Green Lab (a empresa que lida com economia da pegada de carbono na área de laboratórios), Anne Slovic (especialista em Saúde Global e Sustentabilidade), Eric Harnisch (da Mayo Clinic) e Jerome Kim (da International Vaccine Institute), entre outros. Na minha apresentação, a última do dia, procurei mostrar um pouco o histórico da evolução dos laboratórios de pesquisa no Brasil, enfatizando o caminho em direção à sustentabilidade, em direção às unidades multidisciplinares e multiusuários muito mais sustentáveis e o papel do pesquisador, central para o sucesso dessa jornada.


  • Interessante postagem convidada, de junho, no Retraction Watch, que debate os prós e os contras de se replicar estudos clínicos e pré-clínicos, vale a leitura (https://retractionwatch.com/2025/06/25/guest-post-in-defense-of-direct-replication-studies-if-they-even-need-defending/). Csaba Szabo, da Universidade de Friburgo na Suíça, e Mike Rossner, presidente da Image Data Integrity, Inc., colocam suas opiniões, contraditórias em muitos aspectos: porque devemos ou não replicar estudos; quais estudos (só os de maior impacto? e como escolher?); quando (antes da publicação ou independentemente da publicação?); quem (o próprio pesquisador, a instituição de origem, o NIH ou uma terceira pessoa não envolvida?); e, financiado por quem (financiadores como o NIH, editoras, instituições?). Ambos são bastante convincentes. Façam a sua própria escolha!


  • Saiu o relatório 2025 do Coursera, o Global Skills Report. Não perca, pois tem toda uma construção em torno do futuro, quais as competências que o pesquisador, profissional, ou gestor precisa ter nesse admirável mundo novo. As competências digitais, computacionais e cibernéticas são um must, como se diz em inglês. O Brasil tem ainda um longo caminho pela frente e você, meu caro leitor estudante, jovem pesquisador ou profissional pode aproveitar as oportunidades apresentadas nesse relatório.


  • Uma notícia na interessante newsletter Research Information, da Oford Press (https://www.researchinformation.info/news/frontiers-broadens-ai%e2%80%91driven-integrity-checks-with-dual-integration/)  informa que as editoras começam agora a utilizar inteligência artificial em várias etapas dos seus processos, integrando softwares de empresas aos seus próprios sistemas. No caso, a Frontiers informa ter integrado PaperpalPreflight, da Cactus Communications, e o PapermillAlarm and Oversight da ClearSkies ao seu próprio sistema (Artificial Intelligence Review Assistant  - AIRA), sempre com vistas e detectar artigos falsificados, predatórios, produzidos por paper mills, etc. O programa Oversight, é um guia de Integridade científica, premiado pela Society for Scholarly Publishing com o EPIC Award. A Dra. Elena Vicario, diretora de Integridade Científica da Frontiers reforça a importância de manter a confiabilidade na literatura acadêmica, o que demanda inovação contante e o aumento das exigências para manter o padrão.


  •   Um editorial na Nature, escrito por James Smoliga, professor do Departamento de Reabilitação, Tufts University, nos ajuda a repensar ( doi: https://doi.org/10.1038/d41586-025-02258-7) sobre a multitude de tarefas que se apresentam ao cientista e que tiram seu tempo não só para pensar e propor ideias inovadoras, mas também que impede ele de dar prontas respostas a “emergências” científicas, como a publicação de um trabalho que necessita de comprovação adicional ou cujos resultados não são críveis. A discussão inevitavelmente vai parar no sistema de avaliação do profissional e nos incentivos necessários para tornar a vida do pesquisador mais livre e mais efetiva naquilo que ele faz de melhor: gerar conhecimento de qualidade.


 
 
 

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